Sexta-feira, 16 de Junho de 2006
O dito plano vai pelo caminho errado: Vai-se arranjar mais professores, vai-se arranjar mais equipamentos, vai-se dar mais formação aos professores.
Mais do mesmo só pode dar o mesmo em maior quantidade, isto é, com mais investimento vamos ter mais insucesso. Ainda não compreenderam que o problema não está em quem ensina, não está em quem aprende, não está no modo como se ensina. Está no clima.
Tentem diminuir os recursos físicos e humanos. Arranjem salas com quadros , dos tradicionais com giz ,de preferência branco, branco apenas. Os alunos que tenham apenas caderno e lápis. Se tiverem livro, que as ilustrações sejam só as suficientes, modestas e adequadas (pode servir de exemplo o Compêndio de Matemática do Calado). Se necessário acrescente-se um Caderno de Problemas (pode servir de exemplo o de Palma Fernandes).
Que o aluno seja obrigado a estar tempo suficente só para que possa experimentar a dificuldade, para que, se possível, a possa ultrapassar por si, sem recurso imediato ao colega ou ao professor. Tempo de treino. Só.
Tempo suficiente. Com persistência, esforço e sofrimento.Com tempo, talvez chegue a gostar. Se teimarem em colocar o gosto como pressuposto, têm o insucesso garantido. Se tiverem dúvidas sobre isto perguntem a alunos e professores com gosto na matemática.
Amora da Silva