Quinta-feira, 28 de Julho de 2005

FÉRIAS

As publicações neste blog e o programa "Quadratura do Círculo" estarão interrompidos até ao próximo dia 7 de Setembro, para férias.
publicado por quadratura do círculo às 17:33
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António Carvalho - Uma doença

É uma doença nacional de causa desconhecida, de instalação insidiosa, com
agravamentos progressivos, lentos e irreversíveis. Começa por aniquilar a
memória e, subsequentemente, as outras funções de gestão, determinando
completa ausência de autonomia. O País, Portugal, torna-se incapaz de
realizar conscientemente qualquer tarefa, perde-se, deixa de reconhecer a
razão, e acaba a vegetar num qualquer desértico estádio de futebol. A
inconsciência política do Sr.Sócrates para construir um TGV e uma Ota ao som
dos acordes do “Soares é Fixe”, associada ás suas falhas de memória (o
aumento de impostos é bom exemplo), mais o estado vegetativo em que o Sr.
Sampaio caiu, conseguindo apenas verter uma lágrima de quando em vez, é
quase o diagnóstico final que faltava para alguns reconheceram que o fim
está próximo!
(...)
António Carvalho
publicado por quadratura do círculo às 17:23
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Luis Oliveira - Os Lusitansos

Começo a crer que Viriato não foi assassinado como reza a história/lenda.
Suicidou-se quando um feiticeiro lhe disse que futuro tinha visto para a Lusitãnia.
"... e chegará o tempo em que um teórico dos tabus de nome Aníbal e um ex-rei , Mário , cognome "O Viajante" , irão afundar de vez o reino , dirigido por um pseudo filósofo , Sócrates, nas trevas mais profundas da estupidez política .O povo desse reino será então conhecido pelo nome de Lusitansos ."
Este país parece o ensaio de um mau filme dos Monty Python tal o "nonsense" da política portuguesa actual.
Senão vejamos:
Uma revolução com cravos nas metralhadoras, porque de facto as munições eram escassas, uma descolonização patética que foi a anedota europeia de 1975 a 1980, uma sucessão de governos provisórios, uma entrada na Europa (a cujo mapa sempre pertencemos) e que não nos queria lá, um assassinato (acidente) de um primeiro ministro quando a vítima era o ministro da defesa (...), um esbanjar de verbas da tal Europa em empreendimentos e empresas fantasmas de amigos dos amigos dos amigos de quem estava no poder,até ás Aventuras de Sampaio que demite um governo porque um ministro se demite e aguenta outro governo quando outro ministro se demite, mais os projectos megalómanos de investimento de um país "liso" da responsabilidade dos mesmos que criticaram investimentos ruinosos e inúteis (Euro,Expo) até um processo de pedofilia de contornos políticos onde mais uma vez o condenado será o povo, passando por uma comunicação social completamente alucinada e manipulada para tentar entreter a plebe a ver se esta não dá conta.Acrescentemos agora a novela do "tímido" Aníbal que vai consultar a família e o "alegre" Soares que consulta a sociedade civil fazendo parecer "Pateta Alegre" um Manuel que de pateta nada tem, se isto por si só não é motivo para suicídio , é pelo menos suficiente para querer mudar de nacionalidade.
Eu não quero ser Lusitanso!
Envio-lhes , meus caros , a visão de outro "feiticeiro", Eça de Queirós in Revista "Farpas" 1871:
"Estamos perdidos há muito tempo...
O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada.
Os caracteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua ação fiscal como um ladrão e tratado como
um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte, o país está perdido!"
Luis Oliveira


publicado por quadratura do círculo às 17:14
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Carlos Carvalho - Idade do papa

O argumento da idade do papa tem sido utilizado como abonatório da candidatura de Mário Soares. Penso haver aqui um equívoco.
É verdade que não há nenhum limite de idade que obrigue o papa à resignação. Mas é também verdade que esse limite existe aquando da sua eleição.
Como verificámos recentemente, nenhum cardeal pode participar num conclave se tiver mais de 80 anos. Como o papa escolhido é, na prática, um dos participantes no conclave, temos que nenhum cardeal pode ser eleito papa se tiver mais de 80 anos.
Como Mário Soares já tem mais de 80 anos, e como ainda não foi eleito, acho estranho que se use a seu favor um argumento que na realidade está contra ele.
Carlos Carvalho

publicado por quadratura do círculo às 17:08
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André Carvalho - Candidaturas presidenciais

A Esquerda rejubila de alegria com a disponibilidade demonstrada por Mário
Soares para se candidatar à Presidência da República. Os apoios e o regozijo
são evidentes, embora alguns, ditos mais “radicais”, aqui e ali vão
colocando algumas dúvidas existenciais, mas com a plena consciência que,
como noutros tempos, vão ter de engolir mais um sapo, pois Soares é o único
candidato da Esquerda que pode enfrentar uma personalidade com o prestigio
do Professor Cavaco Silva e aspirar a ter sucesso.
A esquerda portuguesa tem a noção que o actual governo apesar de apoiado
numa maioria absoluta parlamentar e de ter somente quatro meses de "vida",
já evidencia bastantes sinais de desgaste e múltiplas fragilidades; mas como
a esquerda valoriza a simples existência de um governo que se diga de
esquerda – mesmo que seja um mau governo – e não tolera nenhum governo de
direita – mesmo que seja um bom governo –, prepara-se então para apoiar um
septuagenário que já tem com toda a justiça o seu lugar de destaque
assegurado na nossa História, mas cuja data de validade já expirou faz
tempo.
Não sou daqueles que acha que se a disputa se centrar em Cavaco e Soares, o
primeiro já tenha a eleição garantida conforme alguns parecem querer fazer
crer, pois até agora a esquerda elegeu – e reelegeu – sempre os seus
candidatos presidenciais, independentemente de terem ou não, perfil para
exercer o cargo, ou de serem adeptos de um presidencialismo populista como
Soares, ou do presidencialismo partidário como Sampaio.
Não concordo com os opinion-makers que à laia de conselho sugerem que Cavaco
deveria desde já assumir a sua candidatura. Quanto a mim, se de facto o
Professor Cavaco Silva quiser ser o candidato do Centro-Direita, deve
guardar o anúncio da sua decisão até ao último momento, pois a seu silêncio
beneficia a sua candidatura e está a causar imensa instabilidade nas outras
candidaturas.
Entretanto a Esquerda, temendo o pior resultado de sempre nas próximas
presidenciais, e ciente que o silêncio de Cavaco Silva não lhes é em nada
benéfico, vai dizendo que a Direita não tem alternativas, e lembrando sempre
que pode, que Soares está habituado a recuperar de desvantagens bem piores
do que as actuais sondagens lhe conferem. Desta forma a esquerda vai
tentando desestabilizar como pode, procurando que outros nomes sejam
veiculados como potenciais candidatos do Centro-Direita, e simultaneamente
tenta pressionar Cavaco a anunciar, ou mesmo a desistir, da sua candidatura
a Belém.
O que parece evidente é que de todo o espectro partidário, os candidatos
mais fortes para disputar as eleições presidenciais são Cavaco Silva e Mário
Soares, mas desiludam-se os esquerdistas, a Direita tem outros candidatos
muito fortes caso Cavaco Silva não considere o desafio suficientemente
aliciante.
André Carvalho
publicado por quadratura do círculo às 17:01
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Mário Martins Campos - Vítima da lucidez

O ministro das finanças demitiu-se. Portugal fica a perder!
Deixei aqui, uma opinião na qual defendia as vantagens para Portugal, de termos um ministro das finanças que não vivesse obcecado com os calendários eleitorais, e que não condicionasse as suas decisões às questões politico-partidárias. Portugal só ficava a ganhar por ter um ministro capaz de fazer o que tem que ser feito, e de não deixar para amanhã, aquilo que já hoje vamos atrasados para fazer.
A demissão de Campos e Cunha é mau para o Governo, pois cria uma situação de instabilidade, que seria a ultima coisa necessária, num período de decisões difíceis e de conturbação social emergente. Melhor fosse que este ruído não tivesse sido introduzido, numa situação como a actual.
Outro aspecto relevante, nas consequências que esta demissão impõe, prende-se com a imagem de Portugal, perante as instituições internacionais, num período em que Portugal se apresenta com um programa de re-credibilização das finanças públicas, que mereceu a chancela da comissão europeia, que lhe atribuiu a necessária credibilidade e lhe concedeu o tempo necessário para a sua aplicação.
A estabilidade política, interna e externa, fica abalada, no entanto a forma com o primeiro-ministro substituiu o ministro cessante, de forma célere, eficaz e politicamente correcta, deixou a esperança, que esta possa rapidamente ser restituída.
Quase todos os analistas políticos, apresentam como razão próxima da saída do ministro, os comentários, por ele tecidos, relativamente à natureza do investimento publico.
Será que o que Campos e Cunha afirmou, vai para além daquilo que é do domínio do bom senso e das boas praticas de gestão?
A mim parece-me que não.
Pois é, dizer que nem todo o investimento público é bom, que hoje viveríamos melhor se algum do investimento efectuado, não o tivesse sido, que é necessário avaliar os projectos, por forma a garantir que as decisões presentes não hipotecam o futuro, parecem-me afirmações básicas, para qualquer indivíduo lúcido, com consciência da responsabilidade, presente e futura, que as decisões políticas devem encerrar.
Um outro tema, que me parece esquecido, ou pelo menos relevado para segundo plano, mas que do meu ponto de vista, terá contribuído decisivamente, para o desfecho final, foram as afirmações do Sr. ministro, respeitantes aos sacrifícios futuros, que de forma lúcida, ele prevê para os Portugueses.
A máquina partidária já tinha ficado de pé atrás, quando o Dr. Campos e Cunha, se pronunciou sobre a inevitabilidade do aumento de impostos, nos momentos antes de tomar posse como ministro. A mesma máquina voltou a ficar em brasa, quando o ouviu afirmar que novos sacrifícios serão esperados, num futuro próximo, num ano de eleições autárquicas. A máquina não lhe perdoou, e estou certo que moveram as suas forças de influência, que conduziram a este desfecho.
Em minha opinião, Campos e Cunha foi vitima da sua própria lucidez.
Mário Martins Campos



publicado por quadratura do círculo às 16:59
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Luis Santos - Simpatia por Soares

Mário Soares, goste-se ou não, concorde-se com ele ou não, conquistou por direito um lugar na vida portuguesa e enquanto viver é incontornável. Por essa razão não me espantou a candidatura.O que me espantou foi a reacção que muitos sectores da direita! Impensável. Direi mesmo, estúpido! E muitos estão agora a perceber isso e remetem-se ao silêncio! Manuela Ferreira Leite não podia ter assassinado melhor a eventual candidatura de Cavaco, como o fez. Irreflectidamente, concerteza!
Vejamos: 1º erro grave: confundir divergências politicas legítimas com o direito ao exercicio da cidadania: ser candidato. 2º Argumentar que Soares é mau candidato (não mau presidente, repito, mau candadato), porque é velho! Dizer isto num país de velhos e reformados é, no mínimo, de uma falta de inteligência atroz. 3º...de palmatória....não se pode candidatar porque não é... economista. Será para elaborar Orçamentos? 4º e não menos patetico, o estilo da reacção, a arrogância, a indignação, a quase ofensa! Dito isto, não passou despercebido a ninguem que pairou uma onda de medo, mais, de autentico terror, exposto no pior dos recentimentos. Eu que nada tenha de soarista, que nunca votei nele, ate senti alguma simpatia pelo «velho». Alguem escreveu em tempos, olhando a História de Portugal do séc. XX, que a direita portuguesa é a mais estupida da Europa, prejudicando-se a si e ao país. Pelos vistos todos os dias dão-nos exemplos actualizados!
Luis Santos
publicado por quadratura do círculo às 16:56
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José Duarte Amaral - Soares candidato

" (...) Deste modo a sua decisão só será tomada, refere o líder histórico do PS, quando «escutar o sentimento e o pensar profundo dos portugueses nos seus anseios, angústias e esperanças». (...) "
Se assim é, a resposta foi dada, por muitos portugueses que participaram no Fórum da TSF (...), ou seja, de uma forma generalizada, o sentimento e o pensar profundo foi de um estrondoso não, com argumentos devidamente formulados, como, por exemplo, que o cidadão Mário Soares foi dos políticos que mais culpas teve pela actual crise do nosso país – Falência técnica – e que, por isso, não foi assim tão importante a sua passagem quer em termos de governação (que nunca completou um mandato), mas, também, como Presidente da República!... Afinal, a memória dos portugueses não é tão curta assim!... Curta é a memória dos seus actuais "camaradas" José Sócrates, Ferro Rodrigues, Jorge Coelho, entre outros. Por isso, "camarada" Soares, limite-se a apoiar a possível candidatura do seu "amigo" Manuel Alegre – o melhor posicionado para unir a chamada "esquerda" e tentar vencer o candidato da chamada "direita" que, como tudo indica, será o Prof. Aníbal Cavaco Silva.
José Duarte Amaral
publicado por quadratura do círculo às 16:55
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Nuno M. Almeida - Corrida presidencial

A confirmar-se a tão falada e debatida candidatura presidencial de Mário Soares, Aníbal Cavaco Silva fica irremediavelmente condenado a avançar, sob pena de lhe ser atribuída uma imagem de receio e hesitação.
Por outro lado, a candidatura de Soares gera o risco de cisão no próprio PS, nomeadamente pelo desagrado dos apoiantes de Manuel Alegre, podendo ser reeditada - apesar de pouco provável - a disputa fraticida entre Mário Soares e Salgado Zenha, ocorrida em 1986.
Adicionalmente, Soares serve a frio a vingança dirigida ao poeta de Coimbra, pelo facto deste ter avançado com a sua candidatura à liderança dos socialistas, alienando assim o apoio a João Soares, gesto que o ex-presidente pouco apreciou.
Não sendo este o nome forte que a direcção do Largo do Rato, e o próprio partido desejaria, na corrida a Belém - descartadas as hipóteses Guterres e Vitorino - o velho senador constitui um mal menor que ainda assim poderá aglutinar apoio junto das várias Esquerdas. Recorde-se a consonância de posições com o Bloco de Esquerda em relação à guerra no Iraque.
Mais a mais, Soares nunca permitiria ver Freitas do Amaral avançar como candidato da velha família socialista.
Uma disputa entre Cavaco e Soares reeditará seguramente os célebres anos de difícil coabitação entre S.Bento e Belém, estando de qualquer forma assegurada uma campanha com um debate vivo, esclarecido e empolgante, pautado por duas visões bem distintas para Portugal, pese a sintonia pró-europeísta.
Não sendo avisado dar Mário Soares como derrotado à partida, este poderá paradoxalmente - após uma brilhante carreira política - ficar na história como o candidato para "queimar" que o PS apoiou nas Presidenciais de 2006.
Curioso ainda o facto de se antevêr, a esta distância, como mais pacífica a coabitação entre Cavaco e Sócrates, do que a dos dois socialistas.
Aguardemos ansiosamente pelos próximos capítulos.
Nuno M. Almeida

publicado por quadratura do círculo às 16:52
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Ana Élia Gonçalves - Maratonista cansado

Não obstante ter votado em Mário Soares em eleições passadas, acho que o Dr. Mário Soares não é o homem que mais convém para o lugar.
É como um maratonista que ganhou determinada maratona e volta, mas já sem a força e frescura necessárias para ganhar.
Portugal precisa de gente nova e inovadora.
Não me digam que a candidatura é só para tentar derrotar Cavaco. Pois bem, apesar de não achar que o Dr. Cavaco seja o homem ideal, sempre, pelo seu perfil, convirá a Portugal. Talvez desta vez ganhe a maratona.
Ana Élia Gonçalves


publicado por quadratura do círculo às 16:50
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