Sexta-feira, 25 de Agosto de 2006
Só neste país é que isto poderia ter acontecido.
Tal como nos vamos habituando todos os anos, o concurso de professores " dá barraca". Um ano são as listas, no outro é a ordenação, no outro é a contratação, depois é afectação mal feita...enfim. É um carnaval.
Em que país é que uma mudança de lei que parece inofensiva pode deixar sem horário perto de 600 professores? Em que país um secretário de Estado vem mentir descaradamente e dizer uma coisa totalmente contrária à que está na lei? Em que país, é que o concurso de professores é uma roleta russa em que cada ano é uma sorte para uns, e uma desgraça para outros? Em que país é que vivemos?
Luis Martins
Estou chateado com o meu Estado, com a minha Justiça, com tudo.
Eu, que sempre fui um cidadão exemplar, nem queria acreditar!
De que me valeu cumprir religiosamente as peregrinações a Fátima (as mais difíceis, a pão e àgua), gritar a plenos pulmões o nome do Eusébio e do Benfica em tudo que é mundo, brindar a vizinhança com a voz única da Senhora Dona Amália (sempre no limite dos décibeis do aparelho) e pagar as minhas obrigações fiscais como quem paga as promessas ao santinho padroeiro lá da aldeia
sinceramente!
Dei conta que este ilustre cidadão exemplar, de referência, não teve direito aos cinco segundos de fama, de brilho e de glória nas listas da Direccção Geral de Finanças e da Segurança Social.
Eu, José Povinho, por ter as minhas obrigações todas em dia, não sou digno de uma atenção do meu Estado, da minha Justiça, de nada nem de ninguém.
Estranha forma de vida
, canta a Senhora D.Amália (que Deus a tenha lá em
descanso) através das cornetas da minha telefonia!
António Carvalho
Realmente concordo que não há necessidade de um novo aeroporto em Lisboa. Lisboa já tem um segundo aeroporto do qual pouco ouço falar: o do Montijo, actualmente uma base aérea que poderia muito bem ser deslocada para Beja, onde existem óptima base aérea deixada há alguns anos pelos alemães.
Quanto tempo demora um F15 (ou outro) de Beja para socorrer Lisboa dum eventual ataque? De quem?
Além disso, a transformação da base aérea do Montijo em Aeroporto civil serviria ainda para o metropolitano de Lisboa chegar à "outra banda", hoje dormitório da capital, permitindo aos seus habitantes e utilizadores do aeroporto um transporte rápido e cómodo que os distribuiria pelos vários pontos da capital.
Quanto ao TGV só vejo necessidade de uma ligação a Madrid, que é e
será sempre a placa aérea giratória da península Ibérica, quer nos agrade ou não. A ligação a Madrid por TGV far-se-ia através do melhoramento da linha já existente entre o Barreiro, Évora e Caia. O terminal poderia ser desviado para o Montijo ou permanecer no Barreiro, também ele cada vez mais uma cidade dormitório de Lisboa. No caso do TGV ter o seu terminal no Barreiro, então o metropolitano de Lisboa teria que ser a chegar também lá.
Porque será que o TGV tem de atravessar o rio e chegar à gare do Oriente? Não seria mais útil a solução atrás referida?
Silvério Rosa
Não há muito tempo, podia observar-se nas passerelles modelos femininos e masculinos mostrando as várias colecções de vestuário de forma assexuada onde parecia prevalecer igualdade de géneros; Na fotografia para as revistas de moda, onde surgem os modelos enquadrados em cenários, era essa a mesma atitude que correspondia a uma certa ideologia em que os valores de igualdade entre homem e mulher eram prevalecentes.
A arte no vestuário fazia o sentido do mundo da moda!
Hoje não é assim, existe um machismo extremamente visível nas suas performances. De facto, os modelos femininos fazem uma exibição explícita do sexo. A arte no vestuário passa para segundo plano ou é inexistente.
A essência deste machismo observa-se quando as modelos estão em grupos de duas ou três suscitando a fantasia sexual machista de estar com mais do que uma mulher!
Na publicidade também se nota e, como noutras áreas, a mulher tem vindo a ser apresentada sem qualidades e apenas como objecto de satisfação masculina.
É pena que a moda esteja, também, a contribuir para a desqualificação da mulher!
J. L. Viana da Silva