Quarta-feira, 16 de Fevereiro de 2005

Nuno Ferreira - Grandes e pequenos

Tenho lido alguns comentários de algumas pessoas comuns e alguns comentadores políticos e há uma ideia que me ressaltou.
Até ao dia de hoje 16-02-2005, estava inclinado a votar no PS, pois parecia-me ser o “Partido dos Grandes” mais viável para substituir o actual Governo de Coligação. Estive a observar atentamente o debate entre os cinco líderes dos partidos no Canal 1 e terminei o programa com uma ideia diferente. Aqueles que me pareceram estar mais seguros do que diziam e firmes nas suas convicções foram precisamente os “mais pequenos”. Isto é, Francisco Louçã, Paulo Portas e Jerónimo de Sousa (embora este último não tenha tido “voz” para dizer mais).
Santana Lopes notou-se claramente que precisou de ajuda de terceiros durante o intervalo para arranjar argumentos para atacar José Sócrates. Mas o tiro saiu-lhe pela culatra pois ao apontar os erros dos outros para justificar os seus não me parece que seja o caminho a seguir (se eu roubasse alguém no meio da rua, não deixava de ir parar à cadeia só porque outros também roubaram).
Quanto a José Sócrates, líder do PS já mereceu mais a minha simpatia. Embora considere o Eng.º Sócrates um líder bem mais credível do que o anterior líder, Ferro Rodrigues, não me pareceu ainda muito seguro das medidas concretas para resolver a crise do país. Embora Sócrates apresente objectivos, não apresenta medidas concretas. Mas menos-mal que Santana Lopes que vive claramente no passado. Quem julgo se ter destacado foi Francisco Louçã. Esteve bastante seguro durante as suas intervenções e provocou uma grande irritação a Paulo Portas quando este sentiu que os seus votos muito possivelmente fugiriam para o Bloco de Esquerda.
Resumindo, os líderes dos “Grandes” são “Grandes” de mais para perceberem e sentirem na pele as reais preocupações do povo. Os únicos que podem efectivamente perceber as necessidades de quem menos tem são os mais pequenos, pois são os que têm falta de alguma coisa. Assim sendo, votar sempre nos grandes e dar-lhes maiorias absolutas será possivelmente a pior forma de sairmos desta crise, porque depois de se estar no poder e se sentir Grande, qualquer um se acomoda e … bom, o resto já se sabe.
Portanto, defendo maiorias relativas, para que os Maiores tenham necessidade de consultar os mais pequenos antes de decidirem. Dar maiorias absolutas sem se ter provas de capacidade é o mesmo que passar um cheque em Branco a um desconhecido, conforme já alguém referiu neste Blog. Maiorias absolutas só depois de um primeiro mandato, e se tiver corrido bem.
Sem mais, votemos Portugueses!
Nuno Ferreira



publicado por quadratura do círculo às 17:54
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