Terça-feira, 15 de Junho de 2004
Não conheci o Prof. Sousa Franco, senão como uma boa parte dos cidadãos:
pela televisão e pela imprensa, como de resto conhecemos a maior parte das
figuras públicas. Daí, construímos as nossas imagens: simpatizamos com umas,
antipatizamos com outras, admirando algumas, um pouco na medida em que há
afinidades de sentir e pensar o mundo e os seus problemas. De Sousa Franco
sempre o senti como um homem de bem. Da sua campanha achei interessante que
a tenha parado para ir à missa eu que também às vezes paro a vida para
pensar por que não vou à missa. Atrás de que corria Sousa Franco? Que pode
mover um homem tão culto (eu que o pensava apenas um bom economista!) a
entregar-se tão intensamente a uma campanha onde nenhum cidadão português vê
qual a diferença entre o que defende o PSD e o PS? Alguém me saberá, poderá,
quererá explicar (para além de personalidades, de poder e de interesses) o
que de essencial os separa? Que diferença existe entre pertencer a um clube
de futebol e a um partido político? Um é a brincar, outro é a sério? Mais do
que o pensamento o que move é a paixão. A morte quebra os dois por tempo
breve, pois voltaremos a esquecer o mais óbvio, evidente e certo de todos os
factos: Cada dia é um passo seguro de aproximação
até ao fim. Afonso
Leonardo