Quando o Império Romano entrou em decadência, os imperadores estavam por pouco tempo na cadeira do poder, o que colocou em problema à propaganda oficial: cada vez que ocorria uma mudança de imperador era necessário esculpir novas estátuas e espalhá-las pelo império.
Os artistas de serviço encontraram uma engenhosa maneira de resolver o problema e poupar uma moedas aos cofres públicos: a estátua era esculpida até ao pescoço e em lugar da cabeça abriam um buraco. Sempre que era necessário esculpia-se apenas a cabeça do último «condenado» e colocava-se a nova cabeça no buraco da estátua!
Os autarcas portugueses duas vantagens sobre os imperadores romanos: a sua cabeça está por muitos anos e bons na cadeira do poder e não precisam de economizar euros aos cofres do município.
Por esta ou por outras razões, alguns autarcas sentem-se à vontade para antecipar o julgamento da história e entronizar-se
(...)
Acabamos de saber que, José Rondão Almeida , presidente da Câmara de Elvas, também inaugurou um lar, para a terceira idade e uma praça de touros, a que foi dado a seu nome. Na página da Internet do município, pode ler-se:
Cerca de cinco mil pessoas ao vivo e milhões de espectadores em todo o mundo - através das transmissões da RTP-1, RTP-Internacional e canais regionais de Espanha – assistiram à “Festa Ibérica”, que constituiu o programa da Gala Inaugural do Coliseu José Rondão Almeida, em Elvas.
(O governo prestou-se à brincadeira, fazendo-se representar pelo Secretário de Estado, Jorge Lacão)
Em Elvas não há rotunda, reparação de muro, beneficiação de qualquer coisa que não leve uma placa comemorativa com o nome do presidente: Elvas é a cidade com maior número de placas com o nome do presidente, por metro quadrado, em toda a Europa!
Entrevistados, alguns munícipes acham bem que o presidente da câmara coloque as placas com o seu nome: “foi ele que fez a obra, portanto está certo”.
Acontece que aquele presidente ou qualquer outro não faz qualquer obra: o seu papel é gerir os dinheiros públicos na prestação de serviços às populações, na execução de infra-estruturas, em acção de apoio social, etc. e prestar contas, de modo regular e transparente, da actividade do município.
Os munícipes nada lhe devem e é pela qualidade ou mediocridade da sua gestão que deve ser escrutinado em eleições.
Só num mundo de pernas para o ar é que José Rondão Almeida pode gastar dinheiro público em propaganda pessoal e o governo ser conivente porque o autarca é do mesmo partido.
João Gomes Gonçalves
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