Quinta-feira, 9 de Novembro de 2006

Silvério Rosa - Esperança de vida

Não acredito que a "Esperança de vida" esteja ainda a aumentar em Portugal!
A assistência na saúde pré-natal e infantil nos anos mais recentes foi boa em Portugal, por isso deu-se um aumento da esperança de vida, de devido à grande redução da mortalidade infantil, Portugal melhorou muito nesta área na escala internacional nos anos mais recentes. Como o país tem, felizmente, vivido em paz, aumentou o envelhecimento da população, o que contribuiu para o aumento da esperança de vida. Também houve durante alguns anos uma melhoria nos cuidados de saúde à população em geral, que se reflectido numa maior "esperança de vida".
Porém, os cuidados de saúde estão agora a degradar-se muito, pelo será de esperar que aconteça agora o contrário:
1º.) Fecham-se Centros de Saúde, Hospitais e Maternidades, se reduzem os horários de funcionamento dos "Serviços de Atendimento Permanente" ou se fecham até alguns, mesmo com a sobrecarga dos que ficam;
2º.) Cada vez há menos médicos nos centros de saúde e nos hospitais, assim como enfermeiros, auxiliares, etc... Os que se reformam não são substituídos.
3º.) A avaliação médica aos doentes pelos centros de saúde é cada vez mais mais superficial e visual, dado que se reduzem as verbas disponíveis para os exames auxiliares de diagnóstico. Exames mais esclarecedores sobre as queixas dos doentes ficam por fazer ou são feitos já tardiamente.
4º.) Agora vão ser criadas taxas de internamento...
Para o futuro esperam-se maiores dificuldades de acesso ao Serviço Nacional de Saúde, estando o estado reduzir agora a sua função relativamente à saúde dos portugueses, num país cujos cidadãos têm em geral fracos recursos económicos para se socorrerem da medicina privada, também ela muito cara para o rendimento mediano dos portugueses.
Estas mudanças farão inevitavelmente diminuir a tal "esperança de vida", mas tal só será comprovado pelas estatísticas futuras, daqui a alguns anos; as actuais apenas reflectem os efeitos do pós 25 de Abril e do esforço então feito para melhorar a saúde em Portugal. Porém, pelo que referi atrás, sou forçado a concluir que a esperança de vida deverá agora a diminuir.
Silvério Rosa
publicado por Carlos A. Andrade às 19:00
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16 comentários:
De José maria a 10 de Novembro de 2006 às 21:43
Coerência do Presidente da ABP

O Sr. presidente da associação portuguesa de bancos, grande defensor da banca como lhe compete, devia na verdade ser mais comedido nos comentários que fez às medidas do OE, senão vejamos:

1-os bancos têm estado a cobrar a mais nos arredondamentos dos juros nos emprèstimos (arredodamentos para cima) e o Sr presidente sabe concerteza mas não fez nada.
2-Concorda que os doentes devem pagar a taxa moderadora nos internamentos hospitalares, desde que bem definidas as isenções ( provavelmente para os banqueiros).
3- que os bancos venham a pagar mais uns trocos para ajudar na recuperação do pais, bem isso já não pode ser´.
É na verdade o que se chama coerência. Que paguem sempre os mesmos.


De otas a 28 de Novembro de 2006 às 16:51
Os Bancos que ficam com os rendimentos que seriam devidos aos aforradores, dado que para aqueles os rendimentos não chegam sequer para cobrir a inflação, mas os bancos lucram chorudamente todos os anos. Juntava a estes também As Companhias de Seguros, onde tudo funciona na perfeição até que o cliente tem um prejuízo, nessa altura quando vai à Companhia seguradora mandam-lhe ler as cláusulas de excepção, e encontra aí as situações que mais justificariam a subscrição de um seguro. Depois há as distribuidoras de combustíveis, onde a concorrência é apenas aparente. Chega-se ao escândalo de já nem sempre anunciarem os preços dos combustíveis nas placas informativas. Porque é que o gasolineiro não tem liberdade para ser ele a definir os preços? Com a água, os esgotos, residuos sólidos, taxas, etc... são simplesmente estipulados pelas Câmaras Municipais conforme a sua conveniência. Quanto à electricidade e ao gás em breve entrarão no mercado liberal, mas como não há uma real concorrência adivinha-se o que vai acontecer...Apenas nos telefones existe uma real concorrência que tem provocado uma baixa dos preços. Silvério Rosa


De Alberto Brandão a 11 de Novembro de 2006 às 09:27
Parte final de um texto dirigido ao Snr.Engº Sócrates, em blogue do aqui comentador:
(........................................................)
"E, se o Snr Engº não descortina outro modo de desencorajar os abortamentos clandestinos e os outros, eu indico-lhe um dos processos que conheci de perto e que, duma cajadada, serve esse objectivo e o do aumento da natalidade, de que Portugal é carente:
A Junta Distrital do Porto teve em funcionamento um estabelecimento modelar que acolhia grávidas em dificuldades económicas ou outras, com a reserva desejada, proporcionando-lhes depois, se necessário, a guarda e educação das crianças em outros estabelecimentos ou em famílias escolhidas, sob o controle de técnicas de serviço social. O sistema estava em plena via de modernização quando a obra foi destroçada pelo PREC ou suas sequelas. Em 1973, 32 mães e 133 infantes permaneciam no estabelecimento em causa e 399 crianças em colocação familiar. No total, o número de crianças assistidas era de 1077.

Crie ou apoie o Governo obras deste tipo ou equivalente e ponha lá os médicos que destinaria à faca e alguidar, obstando assim, simultaneamente, a que sejam coagidos a violar o juramento de Hipócrates."


De otas a 22 de Novembro de 2006 às 16:48
Não concordo com ditaduras fundamentalistas, sejam muçulmanas ou outras. Assim:
Tal como aceito que uma "Testemunha de Jeová" se recuse a dar ou receber sangue, já não concordo que isso seja a lei e que se obriguem todos os cidadãos, mesmo os não aderentes a fazer o mesmo;
Tal como aceito que um sacerdote católico apostólico romano não possa casar para dizer missa, já não concordo que se obrigue um não romano (adventista, anglicano, ortodoxo, luterano, etc...) a fazer o mesmo só porque está em Portugal e lembro que este é um país laico;
Tal como aceito que um sacerdote cristão divulgue e aconselhe os seus crentes a não praticarem o aborto (e o verdadeiro cristão não deverá fazê-lo). A ética cristã impede-o e eu compeendo isso perfeitamente. Mas já não concordo que essa visão se imponha e seja a lei do país e que se obriguem todos as mulheres a procederem da mesma forma. Senão, que moralidade temos nós para criticar os fundamentalistas muçulmanos por as mulheres ao uso da burca?
Ninguém irá obrigar uma mulher a fazer um aborto que não deseja.
Confesso que o aborto não é o melhor método de contracepção, até mesmo por isso, deverá ser pago, para incentivo da busca de alternativas. Neste momento, quem ganha com a situação são as clínicas espanholas, inglesas, além das tais "parteiras de vão de escada".
Tendo até em consideração as dificuldades do Serviço Nacional de Saúde é incompreensível que se desviem verbas para pagar a execução de abortos. Por isso, aceito apenas e sem tabus a despenalização, desde que feita dentro de um prazo aceitavel, definido por critérios médicos e nunca religiosos (para efeitos de lei geral do país).
Dizer-se que existe uma criança logo que o espermatozoide entra em contacto com o óvulo é, quanto a mim, abusivo!
Se assim pensa, então alerto-o de que quando está a comer um ovo estrelado deverá confirmar antes se ele continha uma galadura, porque senão arrisca-se a comer um pintainho estrelado!


De otas a 22 de Novembro de 2006 às 17:13
Para além de uns erros sem importância por falta de correcção da minha escrita, os quais não tornam incompreensível o conteúdo da minha mensagem, desejaria acrescentar que a igreja católica apostólica romana também tem sido contra todos os métodos de prevenção da gravidez, incluíndo o uso de preservativos, pílulas, diu, e outros, de onde se deduz que para um verdadeiro católico a prática de sexo destina-se apenas à procriação e, não havendo abstinência, os filhos virão, naturalmente, a pouco e pouco, talvez um por cada ano, enquanto a mulher estiver em idade fértil. São filosofias (...) que deverão ser aceites por quem com elas concordar.


De Alberto Brandão a 11 de Novembro de 2006 às 09:32
Parte final de um texto dirigido ao Snr.Engº Sócrates, em blogue do aqui comentador:
(........................................................)
"E, se o Snr Engº não descortina outro modo de desencorajar os abortamentos clandestinos e os outros, eu indico-lhe um dos processos que conheci de perto e que, duma cajadada, serve esse objectivo e o do aumento da natalidade, de que Portugal é carente:
A Junta Distrital do Porto teve em funcionamento um estabelecimento modelar que acolhia grávidas em dificuldades económicas ou outras, com a reserva desejada, proporcionando-lhes depois, se necessário, a guarda e educação das crianças em outros estabelecimentos ou em famílias escolhidas, sob o controle de técnicas de serviço social. O sistema estava em plena via de modernização quando a obra foi destroçada pelo PREC ou suas sequelas. Em 1973, 32 mães e 133 infantes permaneciam no estabelecimento em causa e 399 crianças em colocação familiar. No total, o número de crianças assistidas era de 1077.

Crie ou apoie o Governo obras deste tipo ou equivalente e ponha lá os médicos que destinaria à faca e alguidar, obstando assim, simultaneamente, a que sejam coagidos a violar o juramento de Hipócrates."



De Silverio Rosa a 14 de Novembro de 2006 às 15:44
O aumento da "Esperança de Vida" verificada em Portugal nos últimos anos é o resultado de um cálculo estatístico, que não ponho em causa, mas que se refere sempre a um período já decorrido. Estrapolar esse resultado para o futuro não faz qualquer sentido, o futuro o dirá! (Ponto final parágrafo)


De Alberto Brandão a 11 de Novembro de 2006 às 09:38
O comentário de Alberto Brandão refere-se, obviamente, ao post de Silvério Rosa-Esperança de Vida...


De Silverio Rosa a 14 de Novembro de 2006 às 15:51
De Silverio Rosa a 14 de Novembro de 2006 às 15:44
O aumento da "Esperança de Vida" verificada em Portugal nos últimos anos é o resultado de um cálculo estatístico, que não ponho em causa, mas que se refere sempre a um período já decorrido. Estrapolar esse resultado para o futuro não faz qualquer sentido, o futuro o dirá! (Ponto final parágrafo).
Será que V. Exª. me quer dar lições de estatística e de probalidades?


De Anónimo a 15 de Novembro de 2006 às 09:40
Quero rectificar: Não é "estrapolar", mas sim "extrapolar". Obrigado pela correcção!
Silvério Rosa


De Anónimo a 15 de Novembro de 2006 às 09:42
Quero rectificar: Não é "estrapolar", mas sim "extrapolar". Obrigado pela correcção!
correcção feita por Silvério Rosa


De Feios Porcos e Maus a 20 de Novembro de 2006 às 11:26
Todos nós comentamos e comentamos... Mas o facto é que a meu ver as Politicas restritivas nas :
-- área da Saude - diminuição de comparticipações, aumento de taxas moderadoras e implementação de outras, o fecho de serviços de urgência, encerramento de maternidades, implementação de redução de prescrição de medicamentos nos hospitais, a não introdução de novos fármacos mais eficazes, a diminuição de horas de serviço do pessoal médico e de enfermagem ... enfim um nunca mais acabar ;
-- área da segurança social - aumento da idade para a reforma, a redução das pensões, e a penalização por reformas antecipadas;
-- na área do trabalho - aumento de trabalhadores a recibo verde, o aumento de contratos de trabalho a termo certo com a consequente instabiliadde da vida, o despedimento de pessoas com mais de 35 e 40 anos em fábricas e serviços que não tornan , neste país a arranjar trabalho,:
-- na educação - e encerramento de escolas, o uso e abuso de modificações do sistema de ensino, o atque cerrado ao ensino publico e o enaltecer sistematico do privado - para quem o pode pagar como o são a classe dirigente deste país, empresários (alguns) e ricos e novos ricos que o aproveitam e quando o não podem fazer até podem enviar os rebentos para o estrangeiro .. estudar;
entre outras medidas que aqui e ali crescem como uma autêntica praga de gafanhotos --- LEVAM-ME A CRER QUE TUDO NÃO É MAIS QUE UMA POLITICA CONCERTADA PARA REDUZIR A QUALIDADE DE VIDA DOS PORTUGUESES E SUAS FAMILIAS SE BEM NÃO TÃO RÁPIDA COMO O PROGRAMA DO HOLOCAUSTO MAS EM BANHO MARIA E APROVEITANDO A ESCOLA PARA FORMAR NÃO QUADROS MAS MÃO DE OBRA BARATA TENTANDO A TODO O CUSTO AUMENTAR A DESISTÊNCIA DOS JOVENS AOS ESTUDOS PARA ASSIM OS RICOS TEREM SEMPRE OS "PAUS MANDADOS" QUE QUANDO "LADRAM" LOGO ABREM AS FRONTEIRAS PARA DFEIXAREM ENTRAR MAIS UMAS DEZENAS DE MILHARES DE EMIGRANTES COM O UNICIO FITO DE AUMENTAR A FERTA DE PESSOAL NÃO QUALIFICADO E PARA PODEREM MELHOR EXPLORAR AQUELES QUE POR CÁ ANDAM ESTA POLITICA COMEÇOU COM O ACTUAL PRESIDENTE E FOI EXEMPLARMENTE A TITULO DE EXEMPLO, USADA E ABUSADO POR TODOS OS PATOS BRAVOS DESTE PAIS.
ENFIM PERGUNTO-ME PARA QÊ SERVIU O 25 DE ABRIL - SE FOI PARA ISTO - MEUS SENHORES ESTAVAMOS MELHOR ANTES .


De otas a 22 de Novembro de 2006 às 10:58
veja também: http://otatgv.blos.sapo.pt


De otas a 22 de Novembro de 2006 às 11:05
Ora bolas, enganei-me a indicar o blog, o correcto é:

http://otaetgv.blogs.sapo.pt//


De otas a 22 de Novembro de 2006 às 11:15
Bolas, bolas! o blog correcto é:
http://otaetgv.blogs.sapo.pt/


De Silver Rose a 5 de Dezembro de 2006 às 12:28
Estive hoje a ver as estatísticas da "Esperança de Vida" em Portugal. Nota-se um salto no pós 25 de Abril, mas nos últimos anos os aumentos são na casa das décimas e nalguns anos até diminuiu. Quanto ao futuro, se verá, mas não é promissor...


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