Terça-feira, 2 de Janeiro de 2007

Fernanda Valente - Mensagem presidencial

O discurso do Sr. Presidente da República foi sobretudo um discurso virado para o interior do país, para os portugueses geradores da riqueza enquanto gestores-investidores e para os portugueses geradores da riqueza enquanto peças fundamentais do tecido produtivo num quadro que aponta para o crescimento económico.
A política de reformas imparável que o governo está a levar a cabo requer as necessárias contrapartidas por parte do tecido empresarial português: a oferta de emprego, condições laborais que assegurem direitos essenciais e uma matriz de regulamentação que aposte na inovação e na qualidade, factores decisivos ao aumento da produtividade.   
Mas, o espírito empresarial português ainda continua muito dependente dos préstimos das instituições do Estado, exigindo-lhes sistematicamente contrapartidas financeiras para a concretização dos seus projectos de investimento. São, sobretudo, os empresários portugueses que dão o exemplo da subsidio-dependência aos outros que recorrem a ela unicamente por questões de sobrevivência.
Parece-me, pois, legítimo da parte do Sr. Presidente apelar aos empresários portugueses para incentivarem os seus investimentos em Portugal, ao mesmo tempo, aplicando os seus conhecimentos e experiência adquirida, mas parecer-me-ia ainda mais legítimo que a sua mensagem tivesse tido uma maior abrangência, no sentido de sensibilizar os portugueses e o próprio governo para a necessidade que existe em reduzir o imposto sobre o valor acrescentado, equiparando-o ao praticado nos países mais competitivos da União Europeia, e também para a imperiosidade da flexibilização das leis laborais, dois dos principais atractivos para a captação do investimento estrangeiro, sem o qual o crescimento económico muito dificilmente fará lei no nosso país, resumindo-se a meta a atingir para a redução dos sucessivos défices à prática de uma engenharia financeira sistematizada pelo apertar do cinto, pela venda do património ou pelo aumento da dívida pública.
 
Fernanda Valente
 
publicado por Carlos A. Andrade às 18:33
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8 comentários:
De Feios Porcos e Maus a 6 de Janeiro de 2007 às 18:54
Enviada em 6 de Janeiro de 2007
Quem entender e fôr de Lisboa pode e deve saber como é que os Deputados Eleitos pelo nosso Circulo utilizam o tempo - o nosso tempo - uma vez que somos nós que lhes pagamos.

Petição Individual enviada em 6 de Janeiro de 2007
Ex.mo Senhor Presidente da Assembleia da República.

Antes de mais agradeço a sua disponibilidade e paciência em eventualmente dar seguimento a esta simples petição mas como Cidadão Eleitor julgo ainda ser meu direito conhecer da actividade dos Deputados. Assim solicito o seguinte.

De acordo com o regimento da Assembleia da Républica nomeadamente o estipulado no Artigo 54 número 8 , em que se diz ficarem reservadas “por regra” as segundas-feiras para contactos com os Eleitores.

Face ao exposto naquele artigo e nomeadamente naquelo ponto, agradecia que me fosse enviada a Agenda de cada um dos Exmos Deputados abaixo indicados, eleitos pelo circulo de Lisboa , desde que este Governo tomou posse até 31 de Dezembro de 2006.
Onde conste, obviamente, a Data, Hora e Local. Bem como, com quem se reuniram, o motivo e quais as iniciativas politicas que cada uma dessas reuniões levaram a implementar individualmente por cada um deles ou através do seu Grupo Parlamentar e qual a legislação produzida aprovada ou motivada exclusivamente por esses contactos.

Ana Maria Ribeiro Gomes do Couto PS
António Alfredo Delgado da Silva Preto PSD
António Bento da Silva Galamba PS
António Carlos Bivar Branco de Penha Monteiro CDS-PP
António Filipe Gaião Rodrigues PCP
António Ramos Preto PS
Arménio dos Santos PSD
Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho PS
Bernardino José Torrão Soares PCP
Duarte Rogério Matos Ventura Pacheco PSD
Francisco Anacleto Louçã BE
Francisco Miguel Baudoin Madeira Lopes PEV
Helena Maria Moura Pinto BE
Henrique José Praia da Rocha de Freitas PSD
Jaime José Matos da Gama PS
Jerónimo Carvalho de Sousa PCP
João Barroso Soares PS
João Carlos Vieira Gaspar PS
João Guilherme Nobre Prata Fragoso Rebelo CDS-PP
João Miguel de Melo Santos Taborda Serrano PS
José Alberto Rebelo dos Reis Lamego PS
José Augusto Clemente de Carvalho PS
José Eduardo Vera Cruz Jardim PS
José Manuel de Matos Correia PSD
Leonor Coutinho Pereira dos Santos PS
Luís Emídio Lopes Mateus Fazenda BE
Luís Maria de Barros Serra Marques Guedes PSD
Luís Pedro Russo da Mota Soares CDS-PP
Manuel Alegre de Melo Duarte PS
Marcos Sá Rodrigues PS
Maria Cecília Vicente Duarte Honório BE
Maria Celeste Lopes da Silva Correia PS
Maria Custódia Barbosa Fernandes Costa PS
Maria de Belém Roseira Martins Coelho Henriques de Pina PS
Maria Helena Passos Rosa Lopes da Costa PSD
Maria Irene Marques Veloso PS
Miguel Tiago Crispim Rosado PCP
Nuno Maria de Figueiredo Cabral da Câmara Pereira PSD
Pedro Augusto Cunha Pinto PSD
Pedro Manuel Farmhouse Simões Alberto PS
Pedro Miguel de Santana Lopes PSD
Pedro Quartin Graça Simão José PSD
Rita Susana da Silva Guimarães Neves PS
Rui do Nascimento Rabaça Vieira PS
Rui Manuel Lobo Gomes da Silva PSD
Telmo Augusto Gomes de Noronha Correia CDS-PP
Umberto Pereira Pacheco PS
Vasco Seixas Duarte PS

Muito Obrigado
Um Cidadão Eleitor



De D. E. S. Gouveia a 7 de Janeiro de 2007 às 08:55
Quanto às intenções do Presidente está curto, pois ele também está a fazer política ou seja agradar ao centrão para ser reeleito.
Quanto às mudanças as que se mencionam nunca funcionarão com o tipo de lei comercial e administrativa que temos. Portugal tem de passar de um sistema que autoriza para um sistema que proibe, de um sistema que autoriza para um sistema que inspeciona, de um sistema sem padrões para um sistema com minimos obrigatórios.


De Feios Porcos e Maus a 11 de Janeiro de 2007 às 12:39
Talvez seja muito importante levar Empresários a passear à INDIA . No entanto gostava de saber quais aqueles que não puseram o PÉ no aviãozito que levou o P. . Penso que muitos não terão ido porque não podiam ir ao Taj Mahal .. não dava tempo ... Isto de fazer número tem que se lhe diga ... mal empregado dinheiro dos nossos impostos que suporta uma autêntica feira de Vaidades. Se eles querem ir à India ou à Conchichina eles que paguem do bolso as viagens isto de apertar o cinto é para todos ou é só para alguns ????
Porque é que os Empresáriositos não vão Todos para a India e prá China Viver e Trabalhar ?? Porque é que os Politicos e seus dignissímos agregados familiares também não vão ????
Deixem o País aos Portugueses pirem-se daqui para fora que eu e muitos outros como eu já estamos fartos destas classes de dirigentes politicos e de empresários... Se fossem e lá ficassem todos aí sim estava disposto a que fossemos nós todos a pagar as viagens mas só o bilhete de ida.
Mas como foram e somos nós a pagar .... gostava de saber publicamente o seguinte:
Datas e Locais dos Encontros , Participantes de um lado e de outro, registo de interesses de cada um Deles, tempo de cada um dos encontros, Objectivo e resultado dos encontros em termos económicos e politicos. Locais dos Almoços e Jantares, seus preços e ementas locais de Dormida tipo de quartos e regime de pensão e seus preços. Prendas recebidas e oferecidas enfim tudo o respeitante à viagem claro e no fim o somatório total desta deslocação ...


De Nuno M.M. Figueiredo a 12 de Janeiro de 2007 às 13:35
Este referendo ao aborto está invalidado logo á partida, por o governo não ter actualizado os cadernos eleitorais,faltando eliminar os mortos.

Estes (mortos) estão contabilizados para todos os efeitos enquanto eleitores activos.

A não comparencia ás urnas dos mortos aumenta o valor da abstenção.

Ora , na ultima sondagem eleitoral , a cada cem eleitores vivos , 43 responderam não ir votar.

E aos mortos constantes dos cadernos, alguem fez perguntas?

Penso estar aqui enorme capital politico a explorar , o da descredibilização dos valores obtidos do acto eleitoral, por falta de actualização dos cadernos.

O partido e/ou movimento que o souber explorar , recolhe para si todos os dividendos dos resultados independente de quais venham a verificar-se.

Pensem nisto.

Nuno M.M. Figueiredo


De Feios Porcos e Maus a 17 de Janeiro de 2007 às 09:49
quem mais jura mais mente.....
Olha pró Dinossauro - Soares!
Sempre gostou de debitar sentenças ... mas poucos os ouvem pois sabem que ele é um dos responsáveis por estarmos como estamos.... na miséria e ainda fala "em defesa do modelo social europeu " . Mas afinal que modelo é esse que mais parece a passos largos o modelo social do Bangaladesh ???
Estes sucessivos Governos sejam de que partidos sejam, têm progressivamente suprimido restringido e acabado com tantas "conquistas" do 25 de Abril que bem feitas as contas estavamos bem melhor no tempo do Salazar onde pelo menos não havia tantas bocas para alimentar à pála do orçamento de Estado e dos fundos comunitários que consecutivamente o grosso da coluna vai sempre parar aos bolsos dos "habitues" e o resto as migalhas aos restantes para inglês ver.
Nada me espanta que o homem mais rico de Portugal não venha a ter um grosso apoio na sua OPA ainda que indirectamente para claro não dar nas vistas .... mas uns milhõesitos vão de certeza lá parar... duma forma ou de outra... e isto é um exemplo..... pois já estou a ver surgirem empresas de formação profissional tal e qual nascem os cogumelos à sombra de uns tantos "iluminados" que de formação nada dão mas o que conta é o número.... já estou a ver tanta coisa que enfim vai ser mais uma oportunidade perdida sendo que muitos outros milhões hão-de ser enterrados no TGV na OTA numas auto-estradas claro que com Portagenzitas da Brisa ou de outra qualquer participada .... pois não é ela uma das empresas Portuguesas com maior liquidez.... não é por acaso..... recebem 1 aqui 10 ali é sempre a pingar digo a mamar.... enfim e por fim .... o mau augurio foi lançado com a promessa, a "jura" do Socrates a afirmar que aquele dinheirinho vai ser aplicado criteriosamente ...... naquelas areas quele tanto ama..... mas quem é que acredita numa palavra, numa expressão de um Politico .... só mesmo um anormal.... existe mesmo um provérbio português e muito utilizado pelo Zé que se aplica a esta escumalha - quem mais jura mais mente ...


De Zé da Burra a 23 de Janeiro de 2007 às 12:17
Acho que um comentário já feito por mim fica aqui muito bem, relativamente à "flexisegurança". Então ai vai:

Como é que se pode pretender implementar a "flexisegurança" em Portugal, num país que tem estado precisa e ultimamente a reduzir a segurança do trabalhador quando este fica privado do seu posto de trabalho, reduzindo-lhe as prestações sociais no desemprego: quer em valor, quer em tempo a que tem direito.
É-lhe exigido que aceite trabalhos de nível inferior e mais mal remunerados e muito mais longe de casa. Foram criadas várias modalidades que originam a perda do subsídio de desemprego; aumenta-se a idade da reforma?

A "flexisegurança" só pode fazer sentido em países onde existe uma boa prestação social e se propõe aumentá-la para compensar a perda de segurança no posto de trabalho.

Para aumentar a sua competetividade, seria conveniente às nossas empresas, substituir os mais velhos por jovens, mais aptos a trabalhar com as novas tecnologias. Por isso, é incompreensível ou preverso aumentar-se a idade das reformas.

A "flexisegurança" representa em Portugal apenas o desemprego para os mais velhos e a sua impossibilidade de, pelo menos, aceder a uma pensão de reforma. Terá que esperar desempregado com ajuda dos familiares - se os tiver, puderem e estiverem dispostos a isso - até que atinja a nova idade legal para a reforma.

Nem sequer poderá esperar uma reforma em virtude dos problemas de saúde acumulados ao fim de 50, 60, 65 ou mais anos. Pois isso é hoje quase impossível de conseguir-se.

Ainda se fala em "flexisegurança". Fale antes copiar os modelos sociais existentes na Índia, na China, e noutros "paraísos" do extremo oriente.


De nokia a 14 de Julho de 2008 às 08:07
.


De fp a 15 de Julho de 2008 às 01:08
todo bien
saludos


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