Quarta-feira, 28 de Junho de 2006
Muitos se interrogam sobre o interminável estado de graça da Tribo Governativa. Os Portugueses renderam-se ás representações um tanto ou quanto teatrais do seu Chefe de Grupo. Uns, olham-no como um qualquer Major Alvega, aviador, herói de tantas e tantas bandas desenhadas. Outros, vêem-no como um excêntrico, lunático e teimoso Howards Hugs, também ele aviador. Para alguns, os mais cépticos, ele é simplesmente
o Mosco!
Reacções estranhas, estas!!! Mas, afinal, o que leva a dar o benefício da dúvida a tão singular personagem?
Sócrates caiu no lugar de Primeiro-Ministro de forma rápida e imprevisível.
Não se deu demasiada importância ao facto. Era apenas e só mais um mosco a cair num enorme e repetitivo prato de sopa político. No entanto, após a insípida queda, este insecto levantou voo e começou a fazer piruetas um tanto ou quanto arriscadas em consomés, vichisoises e gaspachos de fino trato. O Zé-Povinho, apesar de enjoado com a sua insossa sopa, começou a achar graça ao mosco! Ele faz loopings em pratos até aqui julgados inacessíveis ao comum dos mortais. As passagens rasantes na Justiça, na Educação, nas Polícias, na Saúde, nas Finanças e em tantas outras faianças
do género granjearam-lhe as simpatias de diversos quadrantes.
Quase todos admiram a persistência deste insecto díptero, o que, nos dias que correm, é uma qualidade que o distingue dos demais.
Deve ser daqui que nasce o inexplicável carisma (do mosco)!
Até quando
ninguém sabe!
António Carvalho