Quarta-feira, 19 de Outubro de 2005
Disse, em tempos, a senhora Ministra da Educação que pouco se lhe dava o problema de quem é que devia dar Inglês no 1º ciclo e que a medida não visava o emprego de professores mas antes o interesse dos alunos.
Dificilmente alguém deixará de estar de acordo. Porém, não pode esquecer a senhora ministra que o objectivo referido não pode ser alcançado de forma abstracta e, naturalmente, ele se realiza num mundo concreto de interesses, por vezes, conflituantes de que não se pode alhear. E não é despicienda a questão de quem deve leccionar o Inglês e em que condições o deve fazer.
Acontece que em conselhos da área metropolitana do Porto as coisas se passam de maneira tal que é uma admiração como ninguém as denuncia. Como é possível que uma Câmara Municipal, neste caso a de Vila Nova de Gaia, se sirva de jovens licenciados que fizeram estágio profissional e se encontram desempregados para lhes pagar sete euros e meio por aula sem contrato absolutamente algum? Quero sublinhar: sem contrato absolutamente algum. Mais
ainda: trata-se de um pagamento de que o recebedor não passa qualquer recibo. Eu não entendo de legislação laboral mas isto ( que seguramente não é moral) não deve ser legal. Se é lamentável que na nossa sociedade haja indivíduos sem escrúpulos que se sirvam da existência de mão de obra barata para fazer exploração, o que dizer quando isso é feito por uma Câmara Municipal par implementar uma medida do Governo?
Amora da Silva