Era uma vez uma “família” obnóxia, sorumbática, para quem sorrir era qualquer coisa de transcendente! Alguns dos seus membros, quiçá os de melhor cepa, partiram para outras paragens, cansados de tanto cinzentismo e em busca de mais claros horizontes.
Mas, a maioria, irremediavelmente ficou.
Ficou com o desígnio de ajudar a sair a sua pequena “quinta”, à qual chamam de Portugal, do tédio, do atraso, da pasmaceira e do deficit.
Trabalham, segundo dizem, mais que muitas outras “famílias”, poupam em bens tão essenciais como as ervinhas medicinais, a educação dos petizes e os banhos de cultura.
Tantos sacrifícios, é claro, já deveriam ter dado os seus frutos há muito.
Mas não. Quando começam a ver qualquer névoa tenuemente a levantar à sua frente, inibem-se, estranhamente, e deitam tudo a perder.
Agora, dizem que querem comprar um comboio que ande muito, muito depressa, apenas e só… porque lhes apetece.
(Já foi assim com as dez "mesas de matraquilhos”!) E a ser assim, não há volta a dar-lhes: é este o seu código, o seu ácido desoxirribonucleico (ADN)!
António Carvalho