Terça-feira, 22 de Novembro de 2005
Ser português é sinónimo de fadiga, lassidão, esgotamento, fraqueza. É ser esvaziado, esgotado até á última gota, ensecado, dissipado... exaurido. É viver de apoios, subsídios, choradeiras, manifestações. Ser desgraçadinho, pobre, portador de doença honrada, tuberculose ou bicos de papagaio.
Portugal está a envelhecer a olhos vistos. Em 2004 eramos 1.760.539 de idosos, (com mais de 64 anos). Em 2050, estima-se que andaremos nos 3.000.000!!! Não há vislumbre de políticas sociais, de saúde e solidariedade que permitam encarar com optimismo a situação presente e futura. Fala-se.
Debitam-se palavras de ocasião sobre a problemática dos idosos em Portugal, mas como diz o outro, ninguém os vê a fazer nada. Se agora estamos preocupados com o facto de um candidato á presidência da república ter 81 anos, daqui a não muito tempo um primeiro ministro terá 90 anos, um ministro das finanças 95 e um ministro da juventude terá 100 anos.
Ser português, é ter uma nacionalidade de risco e de elevado desgaste rápido!!!
António Carvalho